O prazo para a saída pacífica e retirada de animais, principalmente gado ilegal, das terras indígenas Apyterewa e Trincheira Bacajá no Pará termina amanhã (31/10). Desde 2 de outubro, uma operação envolvendo 14 órgãos federais e estaduais atua na região, notificando invasores e combatendo crimes como extração de madeira e garimpo ilegal.
A ação busca garantir o direito à posse dos povos tradicionais, enfrentando conflitos que remontam à década de 1980, antes mesmo da demarcação oficial. O aumento das atividades ilegais, como o desmatamento e a criação de gado em áreas de proteção ambiental, intensificou-se desde 2018.
O Ministério dos Povos Indígenas destaca que a operação já impacta positivamente os índices de desmatamento, com uma queda de 98,5% nas áreas derrubadas em comparação com outubro de 2022. A força-tarefa resultou em multas superiores a R$ 4 milhões e 19 autuações por crimes diversos.
Além disso, houve apreensões significativas, incluindo drogas, armas, agrotóxicos e veículos roubados. O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) visitou mais de 850 pontos de invasão, cadastrando ocupantes para possíveis programas governamentais.
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