A sessão desta segunda-feira (27) é majoritariamente de perdas para as principais bolsas mundiais, no início da última semana de novembro. Ela será marcada por dados de inflação e do mercado de trabalho nos Estados Unidos, enquanto o Brasil contará com Caged e prévia da inflação, além da produção industrial.
Bolsas mundiais:
Os índices futuros dos EUA operam em baixa, em semana movimentada em termos de indicadores econômicos e comentários do Fed. Na segunda-feira, serão divulgadas as vendas de casas novas e a última Pesquisa de Manufatura do Fed de Dallas.
As leituras da confiança do consumidor e da inflação serão divulgadas no final da semana.
Os investidores ainda ficam de olho em atualizações sobre o início da temporada de compras natalinas após a Black Friday. Dados fracos sobre despesas podem sugerir que os aumentos das taxas do Fed estão finalmente a começar a pesar sobre a economia em geral.
Na Ásia, os mercados fecharam no vermelho, com a queda do mercado chinês devido ao declínio nas empresas imobiliárias, enquanto a inflação de serviços do Japão atingiu o maior nível em 45 meses.
No Brasil, o Ibovespa abriu em queda de 0,84%, aos 125.517 pontos.
Agenda:
A agenda da semana tem como destaque o IPCA-15 de novembro, com previsão de aumento 0,35% na comparação mensal pelo Bradesco enquanto o Itaú considera que a alta poderá ser de 0,29%, com queda da taxa anual para 4,8% dos 5,0% observados em outubro.
Na quarta-feira, a FGV apresentará o IGP-M e as sondagens de serviços e do comércio do mês de novembro. O dia será marcado pela apresentação dos dados de geração de emprego formal, pelo Caged, e os dados sobre mercado de trabalho são complementados, na quinta-feira, pela taxa de desemprego (PNAD Contínua).
Nos EUA, os próximos dias serão marcados pela apresentação da Conference Board com os dados da confiança do consumidor, na terça-feira. A semana toma força na quarta, com a divulgação da segunda leitura do PIB do 3º trimestre, com projeção LSEG de avanço de 5,0% na comparação trimestral, a Balança Comercial e do Livro Bege do Federal Reserve.
Na Zona do Euro, o primeiro dado de destaque a ser divulgado será o indicador de confiança na economia, com dados de novembro, na quarta-feira, assim como o índice de preços ao consumidor da Alemanha. O país divulgará sua taxa de desemprego de novembro na quinta-feira e o dia será marcado também pelo índice de preços ao consumidor e taxa de desemprego da Zona do Euro.
Na sexta, será a vez da apresentação do índice PMI S&P Global da indústria de transformação de novembro pela Zona do Euro, pelo Reino Unido e pela Alemanha.
Noticiário econômico:
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), defendeu a desoneração da folha de pagamento, durante entrevista ao programa Canal Livre, da Band, na noite do último domingo. Na semana passada, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vetou o projeto de desoneração da folha de 17 setores da economia a pedido de sua equipe econômica.
O STF julga nesta segunda-feira (27) a PEC dos precatórios, que prevê um novo sistema de pagamento das dívidas judiciais do governo. A proposta é de interesse do governo, que busca abrir caminho para quitar o estoque de precatórios por meio de créditos extraordinários, ou seja, fora do novo limite de gastos, além de alterar a forma como essas despesas são contabilizadas.
Radar corporativo:
A Eneva (ENEV3) informou na noite de domingo que submeteu uma proposta não-vinculante de combinação de negócios ao conselho de administração da Vibra Energia (VBBR3).
A semana será marcada por uma série de indicadores econômicos importantes, que podem influenciar o comportamento das bolsas mundiais. No Brasil, o foco será o IPCA-15, que pode dar pistas sobre a trajetória da inflação no país.
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